test_event_code: TEST62654 Acompanhamento dos estudos dos filhos: quanto tempo e como fazer?
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Acompanhamento dos estudos dos filhos: quanto tempo e como fazer?




O que importa no acompanhamento dos estudos dos filhos: o tempo ou a forma?

Saiba o que dizem os especialistas.


Os estudos das crianças não acabam quando saem da escola. Mesmo quando não há lição de casa ou avaliação, o acompanhamento dos estudos dos filhos é um diferencial do desenvolvimento da aprendizagem.


E é aqui que surgem muitas dúvidas: como apoiá-los sem tomar seu protagonismo? Como cobrar para que apresentem seu melhor? Como extrair o melhor de cada processo de aprendizagem? Estas são apenas algumas das muitas perguntas que nossa equipe pedagógica se depara entre mães e pais de crianças de todas as idades.


De fato, os brasileiros estão investindo bastante tempo no acompanhamento da vida escolar das crianças. São 8 horas semanais dedicadas à ajuda de atividades escolares, segundo a Fundação Educacional Britânica Varkey, uma hora a mais do que a média mundial. Mas, nem sempre, tempo quer dizer qualidade.


No acompanhamento dos estudos dos filhos outros fatores importam mais, como a maneira que está sendo colocado em prática e as conexões estabelecidas entre o ambiente escolar e extraescolar.


Neste artigo você vai saber o que fazer (e o que não fazer) na hora de acompanhar as crianças na vida escolar. Boa leitura!

Por que as crianças precisam de acompanhamento nos estudos?

Acompanhar as crianças nos estudos parece uma necessidade óbvia, afinal os próprios pequenos acabam pedindo ajuda em algum momento. No entanto, mais do que responder às suas questões, o acompanhamento dos estudos deve ser feito tendo consciência de que o modo como a família atua impacta diretamente na evolução da criança, na escola e fora dela.


O acompanhamento é essencial porque, em primeiro lugar, as crianças estão em um estágio crucial do desenvolvimento cognitivo, emocional e social, que pode afetar sua aprendizagem e crescimento a longo prazo. Assim, a presença de um adulto que possa guiá-las e orientá-las é fundamental para ajudá-las a desenvolver habilidades e conhecimentos importantes.


Em um cenário pós-pandêmico este acompanhamento tem sido fundamental para recompor a aprendizagem das crianças, que passou por defasagem após o ensino remoto e híbrido. É o que mostra a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), ao evidenciar como a relação entre escola e família precisou se estreitar para, juntos, contribuir com a aprendizagem dos estudantes.

O que fazer (ou não) ao acompanhar uma criança em seus estudos?

A vida escolar gera uma série de expectativas não apenas nos pais, que querem apoiar o desenvolvimento da criança, mas do próprio estudante.


Você se lembra como era fazer a lição de casa ou estudar para uma avaliação? Ansiedade, frustração, alegria, desatenção… Várias experiências são vivenciadas durante este momento e o papel dos responsáveis é apoiar a aprendizagem, contribuindo com o desenvolvimento de aspectos como a autonomia, organização e a responsabilidade.


Assim, ao acompanhar uma criança em seus estudos, é importante ter em mente algumas práticas que podem ajudar ou prejudicar o processo de aprendizagem. Confira algumas dicas do que fazer (ou não fazer):


O que você pode fazer:


  1. Estabelecer um horário e um ambiente adequado para a realização das atividades escolares. Isso ajuda a criança a se concentrar e a se organizar melhor.


  1. Demonstrar interesse e entusiasmo pelo aprendizado da criança. Faça perguntas sobre o que ela está estudando e mostre que você está interessado em ajudá-la.


  1. Estimular a autonomia da criança, incentivando-a a pensar por si mesma e a encontrar soluções para os problemas que surgirem durante os estudos.


  1. Oferecer ajuda quando necessário, mas sem fazer as tarefas pela criança. Se ela tiver dificuldades, tente ajudá-la a encontrar a resposta, mas deixe que ela tente resolvê-las por conta própria.


As psicólogas Taís e Roberta Bento, especialistas em relação família-escola, recomendam, ainda, a inclusão de tarefas domésticas no cotidiano das crianças, para incentivar a segurança e bons resultados nas avaliações.


De acordo com as psicólogas, contribuir com atividades do dia a dia da família, "dá o tempo necessário para que o cérebro organize a matéria que ele estudou; a criança descobre a própria capacidade de ser independente e ter autonomia; e percebe-se capaz de gerar sensações positivas na família", explicam.


Adapte as atividades de acordo com o grau de autonomia de cada criança, pode ser alimentar os pets, guardar as compras ou ajudar no supermercado, por exemplo.



Por outro lado, há uma série de comportamentos que é importante tomar consciência e buscar o autocontrole para não interferir no aprendizado da criança. Entre algumas das atitudes que não são indicadas estão:


  1. Criticar ou pressionar a criança em excesso, pois isso pode gerar ansiedade e insegurança em relação ao aprendizado.


  1. Fazer as tarefas ou responder as perguntas pelo aluno, pois isso pode prejudicar a capacidade de aprender e resolver problemas da criança.


  1. Estabelecer metas inalcançáveis ou comparar a criança com outras pessoas, pois isso pode afetar sua autoestima e motivação.


  1. Ignorar as dificuldades da criança ou as necessidades individuais de aprendizado, pois isso pode prejudicar seu desenvolvimento acadêmico e emocional.


Essas são apenas recomendações gerais, conte com o apoio da equipe pedagógica da criança para saber o que você pode fazer segundo as necessidades individuais dela.

Quanto tempo acompanhar os estudos da criança?

Mais do que o tempo, o que vale é a forma que você fará o acompanhamento da vida escolar da criança. Isso porque a frequência e quantidade de tempo que você deve disponibilizar depende de vários fatores, como a idade da criança, o nível de dificuldade das tarefas escolares, a quantidade de lições de casa e a rotina familiar.


O acompanhamento dos estudos não precisa ser realizado todos os dias da semana, especialmente se a criança tiver uma rotina de atividades extracurriculares ou outras obrigações.


Crie uma rotina que seja flexível e que possa ser adaptada de acordo com as necessidades da criança. Além disso, é essencial que esse acompanhamento seja feito de maneira positiva e construtiva, buscando sempre incentivar o aprendizado e o desenvolvimento da criança.


Quais recursos da escola aproveitar para oferecer o suporte que a criança merece?

Lembre-se que você não está sozinho ou sozinha nessa missão de acompanhar os estudos da criança. Você pode (e deve) contar com o apoio da escola para realizar um acompanhamento dos estudos mais próximo e alinhados à proposta pedagógica da escola.


Para isso, converse com as professoras da criança. Ninguém melhor que a profissional mais próxima do desenvolvimento escolar para apresentar feedbacks sobre a evolução do estudante, com perspectivas sobre as avaliações [LINKAR ARTIGO SOBRE CULTURA AVALIATIVA APÓS PUBLICAÇÃO] e como apoiar neste processo de modo individualizado.


Além da professora, conte com a equipe de orientação pedagógica, coordenadoras e diretora.


Você pode acompanhar também o aplicativo da escola, que deve disponibilizar o plano de curso, rotinas da criança na escola, previsões do que será trabalhado no curto prazo, relatórios sobre avaliações e também canais de comunicação ágil com professores e demais setores da escola.


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